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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

003 - Audio na Igreja - Equalizando



Equalizando nº 003


 Como falamos no item anterior, hoje iremos falar sobre equalização, porém antes precisamos compreender que a aplicação do equalizador em um ambiente a ser sonorizado,
tem a ver principalmente com a resposta de frequências que a acústica do ambiente tem, explicando: Cada ambiente soa de uma maneira diferente, alguns ressaltam frequências graves, outros frequências médias e outras frequências agudas. É ai que entra esta ferramenta que nos auxilia a corrigir os excessos que tanto prejudicam a boa audição nos ambientes onde vamos sonorizar.

 Infelizmente devido principalmente às comuns reduções de orçamento na hora de se projetar uma um auditório, acarreta que a construção final terá gravíssimos problemas de acústica. Existem "paliativos", como carpetes, cortinas grossas, ou até a colocação de material absorvente nas paredes, com o intuito de se diminuir reverberações, ecos, e ressonâncias, e, realmente em muitos casos, a colocação desses materiais consegue amenizar bastante esses problemas. Porém sempre será necessário fazer correções de frequência, com o nosso equalizador.

 São vários os tipos de equalizador, shelving os mais comuns, paramétricos, encontrados em muitas mesas de som e os gráficos, meus preferidos. Através da análise acústica do ambiente, aplica-se o equalizador aumentando ou atenuando uma determinada frequência. Imaginemos um ambiente, onde através da análise acústica se observa que a região compreendida entre 200 Hz a 280 Hz, é proeminente, e que chega até a provocar ressonâncias e microfonias nesta região. O papel do equalizador neste caso é exatamente este, diminuir a frequência que estão "sobrando", está sendo reforçada pelo próprio ambiente acústico. Um princípio básico é: se esta faltando uma frequência, acrescente, se esta sobrando, atenue-a com o equalizador. Analizadores de espectro RTA e FFT ajudam, hoje em forma de plug-in a observar graficamente os problemas acústicos na maioria dos casos, se não for possível usá-los, nosso bom e velho amigo OUVIDO tem que estar calibrado, kkkkk.

 Na realidade o que estamos fazendo é exatamente equilibrar os excessos ou a falta de frequências, tentando tornar o ambiente o mais "flat" possível. O ouvido humano com o tempo, tende a perder a sensibilidade nos estremos, graves e agudos, é o famoso efeito Loudness, levando muitos operadores a reforçar essas regiões, porém é exatamente na região dos médios que esta localizada a voz humana e toda a parte de inteligibilidade. Futuramente quero falar um pouco sobre inteligibilidade, até lá.


Samuel Mattos
09/fevereiro/2007
Rev. 18/7/24

Estudio Cristo Salva 1987