VIDEOS COM PROFISSIONAIS DO ÁUDIO

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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

004 - Audio na Igreja - Inteligibilidade




Inteligibilidade



 Conforme destaca o dicionário, essa palavra vem do adjetivo inteligível, que significa "compreender bem". O ser humano é capaz de ouvir as frequências compreendidas dentro do spectro de 20Hz até 20Khz. Como entender isso?

 Imagine um teclado de piano: o lado que fica à esquerda representaria os 20Hz ou os sons graves, no lado à direita ficam os 20 KHz, ou, os sons agudos, na parte central estão os sons médios. Sendo assim podemos dividir este espectro de frequências em Graves, Médios e Agudos, que por sua vez vão subdividir-se em Médios Graves, Médios Médios e Médios Agudos. Observe que nesta subdivisão os Médios foram subdivididos em Médios Graves, Médios Médios e Médios Agudos. É exatamente nesta região que encontramos as frequências que são melhor compreendidas pelo ouvido humano. 

 A ciência descobriu que os cães e morcegos, por exemplo, ouvem frequências muito acima de 20 KHz, enquanto que os elefantes e baleias podem produzir e ouvir sons muito abaixo dos 20 Hz.
É muito comum verificar, em muitas equalizações, nas sonorizações, que as regiões Médias são normalmente muito atenuadas, e aí esta um grande problema, pois como já dissemos, nesta região está a maior parte das frequências que nosso ouvido compreende melhor. Nesta região está a voz humana, e a maioria dos instrumentos que fazem a parte harmônica da música, como violão, guitarra, piano, sax, etc.
Cabe então ao operador, treinar o seu ouvido para perceber quais são as frequências que devem ser destacadas, seja da voz ou dos instrumentos. Não esquecendo que a resposta (acústica) do ambiente pesa muito, sendo necessário então um equilíbrio de todos estes fatores.
Até a próxima !

Samuel Mattos 01/3/2007
Rev. 19/7/24

Est. A da RTM - 1998

003 - Audio na Igreja - Equalizando



Equalizando nº 003


 Como falamos no item anterior, hoje iremos falar sobre equalização, porém antes precisamos compreender que a aplicação do equalizador em um ambiente a ser sonorizado,
tem a ver principalmente com a resposta de frequências que a acústica do ambiente tem, explicando: Cada ambiente soa de uma maneira diferente, alguns ressaltam frequências graves, outros frequências médias e outras frequências agudas. É ai que entra esta ferramenta que nos auxilia a corrigir os excessos que tanto prejudicam a boa audição nos ambientes onde vamos sonorizar.

 Infelizmente devido principalmente às comuns reduções de orçamento na hora de se projetar uma um auditório, acarreta que a construção final terá gravíssimos problemas de acústica. Existem "paliativos", como carpetes, cortinas grossas, ou até a colocação de material absorvente nas paredes, com o intuito de se diminuir reverberações, ecos, e ressonâncias, e, realmente em muitos casos, a colocação desses materiais consegue amenizar bastante esses problemas. Porém sempre será necessário fazer correções de frequência, com o nosso equalizador.

 São vários os tipos de equalizador, shelving os mais comuns, paramétricos, encontrados em muitas mesas de som e os gráficos, meus preferidos. Através da análise acústica do ambiente, aplica-se o equalizador aumentando ou atenuando uma determinada frequência. Imaginemos um ambiente, onde através da análise acústica se observa que a região compreendida entre 200 Hz a 280 Hz, é proeminente, e que chega até a provocar ressonâncias e microfonias nesta região. O papel do equalizador neste caso é exatamente este, diminuir a frequência que estão "sobrando", está sendo reforçada pelo próprio ambiente acústico. Um princípio básico é: se esta faltando uma frequência, acrescente, se esta sobrando, atenue-a com o equalizador. Analizadores de espectro RTA e FFT ajudam, hoje em forma de plug-in a observar graficamente os problemas acústicos na maioria dos casos, se não for possível usá-los, nosso bom e velho amigo OUVIDO tem que estar calibrado, kkkkk.

 Na realidade o que estamos fazendo é exatamente equilibrar os excessos ou a falta de frequências, tentando tornar o ambiente o mais "flat" possível. O ouvido humano com o tempo, tende a perder a sensibilidade nos estremos, graves e agudos, é o famoso efeito Loudness, levando muitos operadores a reforçar essas regiões, porém é exatamente na região dos médios que esta localizada a voz humana e toda a parte de inteligibilidade. Futuramente quero falar um pouco sobre inteligibilidade, até lá.


Samuel Mattos
09/fevereiro/2007
Rev. 18/7/24

Estudio Cristo Salva 1987

002 - Audio na Igreja - Microfonia

 

 Um dos maiores "males" que afligem o operador de som em qualquer ambiente, é a
famosa microfonia, ou realimentação acústica.

 A realimentação é um fenômeno eletroacústico que ocorre devido a um desequilíbrio das frequências, e no nível de pressão sonora (SPL) que estão sendo projetadas num determinado ambiente e re-capitadas pelos microfones, formando assim um looping sem fim.

 A microfonia é identificada como um apito forte, que ocorre quando as ondas sonoras emitidas por um alto-falante são captadas e reamplificadas pelo microfone que as originou. Muitas vezes começa fraco e vai aumentado gradualmente até que uma das fontes sonoras seja interrompida, sendo assim temos: microfonia de graves que mais se parece com um apito de navio, a microfonia de médios, parecida com o som produzido por uma corneta, e a de agudos, a pior delas, pois atinge frequências altas que podem até prejudicar a audição, se não for controlada a tempo.

 Mas o que provoca a microfonia ? Como já disse é um desequilíbrio, que ocorre quando há excesso de volume em uma determinada frequência. Por exemplo: quando ligamos um microfone próximo de um alto falante, o som captado pelo microfone, percorre um caminho, ou seja, entra pelo microfone, vai para a mesa de som, que o pré-amplifica e envia para os amplificadores que os enviam para as caixas de som de volta, quando esse sinal sai pelo alto falante, uma boa parte dele é nova mente captada pelo microfone, criando assim um ciclo vicioso, um looping sem fim. Até ai tudo bem pois esse ciclo pode até ser usado como um efeito natural num sistema de reforço sonoro, porém quando uma determinada frequência, seja de graves, médios ou agudos é excessiva, esse ciclo se tornará audível e crescente até que passe a ser ouvido, quase que se tornando inaudível e interferir na qualidade do sistema todo.

 Uma maneira de amenizar este problema é evitando que os microfones fiquem posicionados de frente para o raio de emissão dos alto-falantes. Porém sabemos que a acústica do ambiente, através das reflexões nas paredes, teto, chão e outras superfícies, proporciona um ganho em determinadas frequências o que aumenta a possibilidade de causar microfonia.

 Pretendemos mais adiante tratar da questão da acústica do ambiente, mas na próxima coluna quero falar sobre o uso dos equalizadores que são uma grande ferramenta no sentido de amenizar o problema da microfonia.

Samuel Mattos
Rev. 18/7/24

Com. Cristã Jundiai - 2006










001 - Audio na Igreja - Introdução




Nº 001 - Introdução

 Gostaria de conversar um pouco nesta coluna, sobre um problema que muitas igrejas enfrentam na maioria de seus cultos, o som. As reclamações são sempre as mesmas: " esta muito alto, esta muito baixo, não entende-se nada do que se canta, que ruído é esse, o microfone esta falhando, não funciona, etc."

 O maior problema que verifico quando visito igrejas para avaliação de seu equipamento de som, é a falta de preparo das pessoas envolvidas na manipulação dos equipamentos dessas igrejas. Quero dizer que, se não houver um mínimo de investimento (treinamento) nas pessoas que diretamente irão lidar com o equipamento, de nada adianta grandes investimentos. Costumo fazer a seguinte comparação; pode ser qualquer tipo de aeronave, um jato moderníssimo ou um teco-teco, se o piloto não estiver preparado o avião vai acabar caindo.

 Existem hoje no mercado inúmeros cursos que preparam profissionais na área de operação de áudio, habilitando-os para executarem os trabalhos mínimos relacionados ao som da igreja, 
por isso sempre aconselho a liderança da igreja a que, se possível, patrocine ao candidato a operador da igreja, um destes cursos.

 Nosso propósito nesta coluna é ajudar aqueles que não tiveram acesso a nenhum destes cursos,
ou que já tem um certo conhecimento ou experiência na área, mas mesmo assim ainda encontra muita dúvida no dia a dia de seu ministério voluntariado de operador de som da igreja, sim ministério, considero que esta pessoa, assim como os músicos, ministros de louvor, pregador, evangelista, deva ter este chamado para atuar nesta área.

 Hoje vamos ficar por aqui e na próxima semana passaremos já, direto para um assunto importante dentro do nosso tema principal, som na igreja.

Samuel

Rev. 18/7/24

Estúdio A da RTM - 2002