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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
008 - Cuidado com os Ouvidos
Som da Igreja – Edição nº 008
Gostaria de comentar hoje, algo que tenho observado em muitas igrejas e eventos que visito. Sei que é um tema polêmico: o volume alto que é imposto aos frequentadores dos cultos, encontros ou musicais.
Infelizmente instituiu-se a inverdade que som alto é sinônimo de som bom. Aí temos um problema de saúde pública, pois esses ouvintes são vítimas indefesas de algo prejudicial à saúde, pois já constatei encontros musicais onde o nível de áudio girava em torno de 100 decibéis.
Segundo dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, o ouvido humano suporta até 90 decibéis. A partir daí, já existe a possibilidade de uma pessoa apresentar lesão, muitas vezes irreversível, causando perda auditiva. O otorrinolaringologista Luiz Carlos Alves de Sousa, afirma que um indivíduo não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis de intensidade por mais de 8 horas. Esse tempo cai para 4 horas em lugares com 90 decibéis; 2 horas em locais com 95 decibéis e 1 hora onde a intensidade chega a 100 decibéis.
Dependendo do período de exposição, sons de intensidades superiores a 85 decibéis podem causar distúrbio de dupla perversidade, pois ao mesmo tempo em que compromete nossa capacidade auditiva para sons ambientais, pode causar ainda um sintoma contínuo e muito incômodo: o zumbido.
A lesão por ruído geralmente fere células do ouvido responsáveis pelas freqüências agudas. E é justamente nestas freqüências que estão concentrados os principais fonemas para o entendimento das palavras. Quando isto ocorre, o paciente deve procurar um otorrinolaringologista para fazer o diagnóstico médico.
É muito comum que operadores de som, por ignorância ou imposição dos dirigentes, trabalhem com níveis excessivos de som com o pretexto de que um número maior de pessoas precisam ouvir a mensagem. A falta de preparo leva esses operadores a utilizarem a potência máxima dos sistemas tentando obter maior inteligibilidade. Nos dias de hoje, as potências em conjunto com ótimos alto-falantes, proporcionam facilmente altos níveis de pressão sonora.
Desde o início, minha intenção como colunista foi, mesmo que de uma forma bem básica, dar dicas a operadores de como obter o melhor som de seus sistemas, mesmo que eles sejam dos mais simples. Este alerta de hoje vem de encontro a qualidade de áudio e isto significa fazer com que a voz chegue aos ouvintes o mais claro possível e que os instrumentos possam ser reproduzidos com beleza e naturalidade sem agredir os ouvidos nem ficar acima do nível vocal.
Lembre-se! Nossos ouvidos são nossas melhores ferramentas. Use o bom senso, ouça bem os timbres antes de amplificá-los e tente reproduzí-los da maneira mais natural possível.
Até a próxima!
segunda-feira, 30 de julho de 2007
007 - Monitoração de Palco
Já que nossos dois últimos assuntos foram mesas de som, hoje falarei sobre uma das grandes ferramentas que ela proporciona ao operador de áudio, é a possibilidade de implantação de um sistema de monitoração de palco direto da mesa de som, utilizando os auxiliares.
O sistema se destina a enviar sinais de áudio como retorno aos músicos e cantores no palco, ou seja, independente do som que sai nas caixas de PA, um segundo áudio pode ser enviado ao palco com total independência um do outro.
Sendo assim, pode-se colocar caixas de retorno no palco (há modelos específicos para isso) retornando áudio, para que os músicos possam se ouvir melhor ou então usar retorno de ouvido.
Há duas maneiras de se fazer isso: usando apenas uma mesa de som principal, onde através da linha de auxiliares da mesa, envia-se sinais de áudio, independentes do som principal de volta para o palco. Ou então colocando-se uma segunda mesa de som (mesa de palco), destinada a enviar sinais de áudio diretamente para os retornos de chão ou de ouvido. Nesta segunda configuração haverá a necessidade da instalação de um Multicabo Splitter – este cabo consiste em um T que recebe os sinais provindos do palco e os divide em dois, um para mesa de palco e o outro para mesa principal sendo que um não influencia no outro.
O sistema se destina a enviar sinais de áudio como retorno aos músicos e cantores no palco, ou seja, independente do som que sai nas caixas de PA, um segundo áudio pode ser enviado ao palco com total independência um do outro.
Sendo assim, pode-se colocar caixas de retorno no palco (há modelos específicos para isso) retornando áudio, para que os músicos possam se ouvir melhor ou então usar retorno de ouvido.
Há duas maneiras de se fazer isso: usando apenas uma mesa de som principal, onde através da linha de auxiliares da mesa, envia-se sinais de áudio, independentes do som principal de volta para o palco. Ou então colocando-se uma segunda mesa de som (mesa de palco), destinada a enviar sinais de áudio diretamente para os retornos de chão ou de ouvido. Nesta segunda configuração haverá a necessidade da instalação de um Multicabo Splitter – este cabo consiste em um T que recebe os sinais provindos do palco e os divide em dois, um para mesa de palco e o outro para mesa principal sendo que um não influencia no outro.
O Multicabo, com ou sem Splitter, consiste em uma caixa (Medusa) constituída de várias conexões, na maioria dos casos XLR fêmeas, onde deverão ser conectados todos os microfones e instrumentos. Através dele, os sinais serão enviados à mesa principal e/ou a mesa de palco, caso seja um splitter. (Nas mesas de som digital, é possível fazer a duplicação virtualmente, falaremos sobre isso futuramente).
Samuel Mattos
Julho de 2007
quinta-feira, 5 de julho de 2007
006 - Continuando
Continuando o tema sobre o qual falamos no estudo anterior, quero falar sobre os caminhos que o áudio percorre quando entra na mesa de som.
Quando o áudio entra na mesa, o primeiro estágio pelo qual ele passa é o ganho, onde se determina a sensibilidade do nível que está entrando na mesa. Por exemplo, se a pessoa que está no microfone tiver uma voz fraca, haverá a necessidade de se ajustar o ganho para mais, para que o nível de áudio esteja num patamar aceitável para ser processado pelos próximos controles. Ou o contrário, se a pessoa tiver uma voz forte, se diminui o ganho.
O excesso de ganho pode provocar distorção no áudio daquele canal. Já a falta de ganho provavelmente trará junto ao nível de áudio, um chiado característico, o famoso ruído de fundo.
Depois da seção de ganho, o áudio – na maioria das mesas – vai para seção equalizadora, onde pode se acrescentar ou subtrair frequências, ou seja, mais
ou menos agudo, mais ou menos médios, mais ou menos graves.
Em seguida o áudio segue para a seção de auxiliares (ou endereçamentos, para efeitos, periférisos ou retornos). Os auxiliares servem para desviar o sinal para uma unidade processadora externa. Neste ponto o sinal é desviado e retorna ao mesmo ponto já com a alteração desejada.
Na próxima etapa, o áudio passa pelo pan-pot, botão panorâmico. Este botão tem um ponto central e pode ser movido totalmente para esquerda ou totalmente para direita. Este processo possibilita criar efeitos estéreo, movendo literalmente o som para esquerda ou para a direita, desde que o sistema todo esteja configurado para estéreo.
Finalmente chegamos ao fader, o botão deslizante que controla o nível de áudio que sairá daquele canal para o Máster. (o processo se repetirá em cada canal, algumas mesas não possuem os fades deslizantes, mas sim um Knob, botão deslizante). O botão deslizante na posição totalmente para baixo, impedirá a passagem do som, e totalmente para cima propiciará resistência zero, deixando passar todo o sinal para o Máster. É com eles que realizamos a famosa Mixagem, realizando o equilíbrio de todos os pontos de captação (microfones e instrumentos plugados na mesa), por isso denominamos o consóle de “mesa de mixagem” onde cada canal será misturado com os outros, com os seu níveis mais alto, ou mais baixo, mais grave ou mais agudo, processado ou não, mais para a esquerda ou direita, e então serão enviados para o fader máster que por sua vez, o enviará para as suas saídas, onde seguirão o caminho já fora da mesa, para continuar o processamento ou ir direto para as caixas de som.
Sobre a continuidade do sinal que sairá da mesa de som, falaremos no nosso próximo encontro. Até lá!
Samuel Mattos
Quando o áudio entra na mesa, o primeiro estágio pelo qual ele passa é o ganho, onde se determina a sensibilidade do nível que está entrando na mesa. Por exemplo, se a pessoa que está no microfone tiver uma voz fraca, haverá a necessidade de se ajustar o ganho para mais, para que o nível de áudio esteja num patamar aceitável para ser processado pelos próximos controles. Ou o contrário, se a pessoa tiver uma voz forte, se diminui o ganho.
O excesso de ganho pode provocar distorção no áudio daquele canal. Já a falta de ganho provavelmente trará junto ao nível de áudio, um chiado característico, o famoso ruído de fundo.
Depois da seção de ganho, o áudio – na maioria das mesas – vai para seção equalizadora, onde pode se acrescentar ou subtrair frequências, ou seja, mais
ou menos agudo, mais ou menos médios, mais ou menos graves.
Em seguida o áudio segue para a seção de auxiliares (ou endereçamentos, para efeitos, periférisos ou retornos). Os auxiliares servem para desviar o sinal para uma unidade processadora externa. Neste ponto o sinal é desviado e retorna ao mesmo ponto já com a alteração desejada.
Na próxima etapa, o áudio passa pelo pan-pot, botão panorâmico. Este botão tem um ponto central e pode ser movido totalmente para esquerda ou totalmente para direita. Este processo possibilita criar efeitos estéreo, movendo literalmente o som para esquerda ou para a direita, desde que o sistema todo esteja configurado para estéreo.
Finalmente chegamos ao fader, o botão deslizante que controla o nível de áudio que sairá daquele canal para o Máster. (o processo se repetirá em cada canal, algumas mesas não possuem os fades deslizantes, mas sim um Knob, botão deslizante). O botão deslizante na posição totalmente para baixo, impedirá a passagem do som, e totalmente para cima propiciará resistência zero, deixando passar todo o sinal para o Máster. É com eles que realizamos a famosa Mixagem, realizando o equilíbrio de todos os pontos de captação (microfones e instrumentos plugados na mesa), por isso denominamos o consóle de “mesa de mixagem” onde cada canal será misturado com os outros, com os seu níveis mais alto, ou mais baixo, mais grave ou mais agudo, processado ou não, mais para a esquerda ou direita, e então serão enviados para o fader máster que por sua vez, o enviará para as suas saídas, onde seguirão o caminho já fora da mesa, para continuar o processamento ou ir direto para as caixas de som.
Sobre a continuidade do sinal que sairá da mesa de som, falaremos no nosso próximo encontro. Até lá!
Samuel Mattos
Julho/2007
terça-feira, 19 de junho de 2007
005 - De Volta ao Inicio
É impotantíssimo que profissionais destas áreas sejam consultados antes de se partir para aquisição de um sistema de sonorização, já que o mesmo deverá ser adquirido de acordo com as condições de tamanho do ambiente, acústica e a sua alimentação elétrica, esses pontos refletirão diretamente no resultado do sistema.
Sendo assim, gostaria de trazer, alguns pontos básicos sobre o tema.
De que forma funciona um sistema básico de som? Através de uma cadeia formada por: captador (microfone, guitarra), pré-amplificador (mesa, mixer), periféricos (equalizador, reverber, etc.), amplificador (potências) e alto-falantes (caixas de som), há também as caixas de som amplificadas, onde o Amplificador fica dentro da caixa, junto com os alto falantes. (Em outra postagem falamos sobre as mesas digitais que já comportam dentro de uma única unidade os periféricos citados).
Ilustração 1
Podemos dizer que a mesa (ou mixer) é o centro nervoso de todo o sistema porque é nele que ocorrerão todos os ajustes necessários para a captação e amplificação de vozes e instrumentos. Depois de nivelados e misturados serão levados através dos amplificadores até as caixas de som.
Nas mesas de som encontramos basicamente dois tipos de entradas onde deverão ser ligados os microfones ou instrumentos (algumas possuem entradas específicas para outros equipamentos - players).
Na maioria dos casos, o controle de ganho é o primeiro botão de cima para baixo e é responsável pelo ajuste de sensibilidade. Por exemplo, quem fala muito alto no microfone deve-se abaixar o controle de ganho.
Os Equalizadores nas mesas de som são em muitos casos constituídos de três botões: um de agudo, um de médio e outro de agudo. Neles, o operador deve buscar ajustar pequenas imperfeições no timbre da voz ou instrumento captado.
O botão de efeitos ou auxiliar serve para endereçar aquele canal a um periférico que esteja ligado a mesa de som. Por exemplo, processador de efeitos ou reverber, ou como linha de retorno.
O botão Panorâmico – pouco utilizado porque a maioria dos sistemas trabalha em mono não em stereo, – possibilita jogar determinado microfone ou instrumento mais para esquerda ou mais para a direita nas caixas de som.
Finalmente os Faders, que ao contrário do que muitos pensam, não é o volume de cada canal, mas um limitador de nível. São aqueles famosos botões deslizantes que encontramos na maioria das mesas de som e que em sua posição totalmente para baixo significa que não estão deixando passar nenhum som; totalmente acima estão deixando o som passar em sua totalidade.
De que forma funciona um sistema básico de som? Através de uma cadeia formada por: captador (microfone, guitarra), pré-amplificador (mesa, mixer), periféricos (equalizador, reverber, etc.), amplificador (potências) e alto-falantes (caixas de som), há também as caixas de som amplificadas, onde o Amplificador fica dentro da caixa, junto com os alto falantes. (Em outra postagem falamos sobre as mesas digitais que já comportam dentro de uma única unidade os periféricos citados).
Ilustração 1
Podemos dizer que a mesa (ou mixer) é o centro nervoso de todo o sistema porque é nele que ocorrerão todos os ajustes necessários para a captação e amplificação de vozes e instrumentos. Depois de nivelados e misturados serão levados através dos amplificadores até as caixas de som.
Nas mesas de som encontramos basicamente dois tipos de entradas onde deverão ser ligados os microfones ou instrumentos (algumas possuem entradas específicas para outros equipamentos - players).
Estas entradas são de baixa impedância – normalmente no padrão XLR ou Cannon para microfones e P10 ou Banana para instrumentos.
Ilustração 2
As mesas (ou mixers) possuem uma série de botões com finalidades específicas. Basicamente podemos destacar: controle de ganho, equalizadores, efeitos, panorâmico e faders.
Na maioria dos casos, o controle de ganho é o primeiro botão de cima para baixo e é responsável pelo ajuste de sensibilidade. Por exemplo, quem fala muito alto no microfone deve-se abaixar o controle de ganho.
Os Equalizadores nas mesas de som são em muitos casos constituídos de três botões: um de agudo, um de médio e outro de agudo. Neles, o operador deve buscar ajustar pequenas imperfeições no timbre da voz ou instrumento captado.
O botão de efeitos ou auxiliar serve para endereçar aquele canal a um periférico que esteja ligado a mesa de som. Por exemplo, processador de efeitos ou reverber, ou como linha de retorno.
O botão Panorâmico – pouco utilizado porque a maioria dos sistemas trabalha em mono não em stereo, – possibilita jogar determinado microfone ou instrumento mais para esquerda ou mais para a direita nas caixas de som.
Finalmente os Faders, que ao contrário do que muitos pensam, não é o volume de cada canal, mas um limitador de nível. São aqueles famosos botões deslizantes que encontramos na maioria das mesas de som e que em sua posição totalmente para baixo significa que não estão deixando passar nenhum som; totalmente acima estão deixando o som passar em sua totalidade.
Ilustração 3.
Não podemos deixar de lembrar, dos faders de master, que normalmente em pares, controlam o nível geral que irão para o lado esquerdo ou direito do sistema. Em alguns casos, como nesta imagem somente um Fader Master controla a saída esquerda e direita ao mesmo tempo.
Continuaremos a falar sobre pontos básicos de um sistema de som, até lá.
Samuel Mattos
Junho de 2007
rev. Ago/2024
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
004 - Audio na Igreja - Inteligibilidade
Inteligibilidade
Conforme destaca o dicionário, essa palavra vem do adjetivo inteligível, que significa "compreender bem". O ser humano é capaz de ouvir as frequências compreendidas dentro do spectro de 20Hz até 20Khz. Como entender isso?
Imagine um teclado de piano: o lado que fica à esquerda representaria os 20Hz ou os sons graves, no lado à direita ficam os 20 KHz, ou, os sons agudos, na parte central estão os sons médios. Sendo assim podemos dividir este espectro de frequências em Graves, Médios e Agudos, que por sua vez vão subdividir-se em Médios Graves, Médios Médios e Médios Agudos. Observe que nesta subdivisão os Médios foram subdivididos em Médios Graves, Médios Médios e Médios Agudos. É exatamente nesta região que encontramos as frequências que são melhor compreendidas pelo ouvido humano.
A ciência descobriu que os cães e morcegos, por exemplo, ouvem frequências muito acima de 20 KHz, enquanto que os elefantes e baleias podem produzir e ouvir sons muito abaixo dos 20 Hz.
É muito comum verificar, em muitas equalizações, nas sonorizações, que as regiões Médias são normalmente muito atenuadas, e aí esta um grande problema, pois como já dissemos, nesta região está a maior parte das frequências que nosso ouvido compreende melhor. Nesta região está a voz humana, e a maioria dos instrumentos que fazem a parte harmônica da música, como violão, guitarra, piano, sax, etc.
Cabe então ao operador, treinar o seu ouvido para perceber quais são as frequências que devem ser destacadas, seja da voz ou dos instrumentos. Não esquecendo que a resposta (acústica) do ambiente pesa muito, sendo necessário então um equilíbrio de todos estes fatores.
Até a próxima !
É muito comum verificar, em muitas equalizações, nas sonorizações, que as regiões Médias são normalmente muito atenuadas, e aí esta um grande problema, pois como já dissemos, nesta região está a maior parte das frequências que nosso ouvido compreende melhor. Nesta região está a voz humana, e a maioria dos instrumentos que fazem a parte harmônica da música, como violão, guitarra, piano, sax, etc.
Cabe então ao operador, treinar o seu ouvido para perceber quais são as frequências que devem ser destacadas, seja da voz ou dos instrumentos. Não esquecendo que a resposta (acústica) do ambiente pesa muito, sendo necessário então um equilíbrio de todos estes fatores.
Até a próxima !
Samuel Mattos 01/3/2007
Rev. 19/7/24
Est. A da RTM - 1998
003 - Audio na Igreja - Equalizando
Equalizando nº 003
Como falamos no item anterior, hoje iremos falar sobre equalização, porém antes precisamos compreender que a aplicação do equalizador em um ambiente a ser sonorizado,
tem a ver principalmente com a resposta de frequências que a acústica do ambiente tem, explicando: Cada ambiente soa de uma maneira diferente, alguns ressaltam frequências graves, outros frequências médias e outras frequências agudas. É ai que entra esta ferramenta que nos auxilia a corrigir os excessos que tanto prejudicam a boa audição nos ambientes onde vamos sonorizar.
Infelizmente devido principalmente às comuns reduções de orçamento na hora de se projetar uma um auditório, acarreta que a construção final terá gravíssimos problemas de acústica. Existem "paliativos", como carpetes, cortinas grossas, ou até a colocação de material absorvente nas paredes, com o intuito de se diminuir reverberações, ecos, e ressonâncias, e, realmente em muitos casos, a colocação desses materiais consegue amenizar bastante esses problemas. Porém sempre será necessário fazer correções de frequência, com o nosso equalizador.
São vários os tipos de equalizador, shelving os mais comuns, paramétricos, encontrados em muitas mesas de som e os gráficos, meus preferidos. Através da análise acústica do ambiente, aplica-se o equalizador aumentando ou atenuando uma determinada frequência. Imaginemos um ambiente, onde através da análise acústica se observa que a região compreendida entre 200 Hz a 280 Hz, é proeminente, e que chega até a provocar ressonâncias e microfonias nesta região. O papel do equalizador neste caso é exatamente este, diminuir a frequência que estão "sobrando", está sendo reforçada pelo próprio ambiente acústico. Um princípio básico é: se esta faltando uma frequência, acrescente, se esta sobrando, atenue-a com o equalizador. Analizadores de espectro RTA e FFT ajudam, hoje em forma de plug-in a observar graficamente os problemas acústicos na maioria dos casos, se não for possível usá-los, nosso bom e velho amigo OUVIDO tem que estar calibrado, kkkkk.
Na realidade o que estamos fazendo é exatamente equilibrar os excessos ou a falta de frequências, tentando tornar o ambiente o mais "flat" possível. O ouvido humano com o tempo, tende a perder a sensibilidade nos estremos, graves e agudos, é o famoso efeito Loudness, levando muitos operadores a reforçar essas regiões, porém é exatamente na região dos médios que esta localizada a voz humana e toda a parte de inteligibilidade. Futuramente quero falar um pouco sobre inteligibilidade, até lá.
Samuel Mattos
09/fevereiro/2007
Rev. 18/7/24
Estudio Cristo Salva 1987
002 - Audio na Igreja - Microfonia
Um dos maiores "males" que afligem o operador de som em qualquer ambiente, é a
famosa microfonia, ou realimentação acústica.
A realimentação é um fenômeno eletroacústico que ocorre devido a um desequilíbrio das frequências, e no nível de pressão sonora (SPL) que estão sendo projetadas num determinado ambiente e re-capitadas pelos microfones, formando assim um looping sem fim.
A microfonia é identificada como um apito forte, que ocorre quando as ondas sonoras emitidas por um alto-falante são captadas e reamplificadas pelo microfone que as originou. Muitas vezes começa fraco e vai aumentado gradualmente até que uma das fontes sonoras seja interrompida, sendo assim temos: microfonia de graves que mais se parece com um apito de navio, a microfonia de médios, parecida com o som produzido por uma corneta, e a de agudos, a pior delas, pois atinge frequências altas que podem até prejudicar a audição, se não for controlada a tempo.
Mas o que provoca a microfonia ? Como já disse é um desequilíbrio, que ocorre quando há excesso de volume em uma determinada frequência. Por exemplo: quando ligamos um microfone próximo de um alto falante, o som captado pelo microfone, percorre um caminho, ou seja, entra pelo microfone, vai para a mesa de som, que o pré-amplifica e envia para os amplificadores que os enviam para as caixas de som de volta, quando esse sinal sai pelo alto falante, uma boa parte dele é nova mente captada pelo microfone, criando assim um ciclo vicioso, um looping sem fim. Até ai tudo bem pois esse ciclo pode até ser usado como um efeito natural num sistema de reforço sonoro, porém quando uma determinada frequência, seja de graves, médios ou agudos é excessiva, esse ciclo se tornará audível e crescente até que passe a ser ouvido, quase que se tornando inaudível e interferir na qualidade do sistema todo.
Uma maneira de amenizar este problema é evitando que os microfones fiquem posicionados de frente para o raio de emissão dos alto-falantes. Porém sabemos que a acústica do ambiente, através das reflexões nas paredes, teto, chão e outras superfícies, proporciona um ganho em determinadas frequências o que aumenta a possibilidade de causar microfonia.
famosa microfonia, ou realimentação acústica.
A realimentação é um fenômeno eletroacústico que ocorre devido a um desequilíbrio das frequências, e no nível de pressão sonora (SPL) que estão sendo projetadas num determinado ambiente e re-capitadas pelos microfones, formando assim um looping sem fim.
A microfonia é identificada como um apito forte, que ocorre quando as ondas sonoras emitidas por um alto-falante são captadas e reamplificadas pelo microfone que as originou. Muitas vezes começa fraco e vai aumentado gradualmente até que uma das fontes sonoras seja interrompida, sendo assim temos: microfonia de graves que mais se parece com um apito de navio, a microfonia de médios, parecida com o som produzido por uma corneta, e a de agudos, a pior delas, pois atinge frequências altas que podem até prejudicar a audição, se não for controlada a tempo.
Mas o que provoca a microfonia ? Como já disse é um desequilíbrio, que ocorre quando há excesso de volume em uma determinada frequência. Por exemplo: quando ligamos um microfone próximo de um alto falante, o som captado pelo microfone, percorre um caminho, ou seja, entra pelo microfone, vai para a mesa de som, que o pré-amplifica e envia para os amplificadores que os enviam para as caixas de som de volta, quando esse sinal sai pelo alto falante, uma boa parte dele é nova mente captada pelo microfone, criando assim um ciclo vicioso, um looping sem fim. Até ai tudo bem pois esse ciclo pode até ser usado como um efeito natural num sistema de reforço sonoro, porém quando uma determinada frequência, seja de graves, médios ou agudos é excessiva, esse ciclo se tornará audível e crescente até que passe a ser ouvido, quase que se tornando inaudível e interferir na qualidade do sistema todo.
Uma maneira de amenizar este problema é evitando que os microfones fiquem posicionados de frente para o raio de emissão dos alto-falantes. Porém sabemos que a acústica do ambiente, através das reflexões nas paredes, teto, chão e outras superfícies, proporciona um ganho em determinadas frequências o que aumenta a possibilidade de causar microfonia.
001 - Audio na Igreja - Introdução
Nº 001 - Introdução
Gostaria de conversar um pouco nesta coluna, sobre um problema que muitas igrejas enfrentam na maioria de seus cultos, o som. As reclamações são sempre as mesmas: " esta muito alto, esta muito baixo, não entende-se nada do que se canta, que ruído é esse, o microfone esta falhando, não funciona, etc."
O maior problema que verifico quando visito igrejas para avaliação de seu equipamento de som, é a falta de preparo das pessoas envolvidas na manipulação dos equipamentos dessas igrejas. Quero dizer que, se não houver um mínimo de investimento (treinamento) nas pessoas que diretamente irão lidar com o equipamento, de nada adianta grandes investimentos. Costumo fazer a seguinte comparação; pode ser qualquer tipo de aeronave, um jato moderníssimo ou um teco-teco, se o piloto não estiver preparado o avião vai acabar caindo.
Existem hoje no mercado inúmeros cursos que preparam profissionais na área de operação de áudio, habilitando-os para executarem os trabalhos mínimos relacionados ao som da igreja,
por isso sempre aconselho a liderança da igreja a que, se possível, patrocine ao candidato a operador da igreja, um destes cursos.
Nosso propósito nesta coluna é ajudar aqueles que não tiveram acesso a nenhum destes cursos,
ou que já tem um certo conhecimento ou experiência na área, mas mesmo assim ainda encontra muita dúvida no dia a dia de seu ministério voluntariado de operador de som da igreja, sim ministério, considero que esta pessoa, assim como os músicos, ministros de louvor, pregador, evangelista, deva ter este chamado para atuar nesta área.
Hoje vamos ficar por aqui e na próxima semana passaremos já, direto para um assunto importante dentro do nosso tema principal, som na igreja.
Samuel
Rev. 18/7/24
Estúdio A da RTM - 2002
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