Samuel Mattos
EU e o ÁUDIO - Veja também www.conexaoav.com - Tenho também um blog sobre a história dos carros brasileiros - https://historiacarrosbrasileiros.blogspot.com/
quinta-feira, 18 de julho de 2024
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
Acústica x Isolamento
Infelizmente não há a preocupação no projeto de uma igreja ou salão, no que diz respeito a acústica.
São dois pontos que devem ser verificados: O isolamento acústico, ou seja evitar ao máximo que o som saia para fora do local, incomodando vizinhos, e a acústica propriamente dita, que se refere às condições ideais, ou próximas disso, para que um bom som seja projetado dentro da sala. Essas preocupações são normalmente verificadas nos projetos de cinema, onde várias salas, são capazes de projetar filmes simultaneamente, sem um interferir no som do outro,
Recomento o artigo:
https://www.somaovivo.org/artigos/acustica-de-auditorios/
Site de projetos com ótimas imagens:
https://www.audiobrazilpro.com.br/
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Qual a melhor caixa acústica ?
Concluindo, "cada caso é um caso!" O ideal é que antes de construir o auditório, se inclua no projeto arquitetônico, o projeto acústico, levando em conta não só a acústica interna, mas também o isolamento externo, para não incomodar os de fora e nem ser incomodado pelos ruídos externos. Depois desse ponto inicial, ai sim, um bom profissional deve ser consultado para formular o projeto do sistema de som que melhor se adéque ao seu ambiente.
Até a próxima,
Samuel Mattos
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Bateria Acústica, o Problema.
Não quero entrar no mérito da discussão, no sentido de dar uma opinião pessoal sobre qual é melhor ou pior, já que como não sou baterista, não posso dar minha opinião como usuário, mas somente como ouvinte, ou aquele que tenta através de microfones, reproduzir o melhor possível o som produzido por este instrumento.
Sei que existem baterias acusticas que recebem em sua construção materiais escolhidos a dedo, entre madeiras específicas, péles, plásticos e metais de primeiríssima qualidade, visando obter o melhor som destes materiais e que seus construtores fazem o melhor possível para criar sons incríveis.
Do outro lado as baterias eletrônicas que surgiram nos anos 80 com sons sintetizados e mais parecendo som de robôs do que reproduzindo o som de uma bateria real, tem evoluído muito, e através do sampleamento de sons reais tem a cada novo modelo se tornado, para aquele que não sabe, se é uma bateria de verdade ou não, com relação ao seu som. É muito difícil, para não dizer quase impossível saber somente pela audição de uma música, se naquela gravação foi usada uma bateria acústica ou eletrônica.
Entendo que alguns bateristas dizem que a sensibilidade na hora de percurtir a baqueta no instrumento é diferente da pele, ou nos pratos, de uma bateria real, mas gostaria de me ater a um ponto: o objetivo para o qual o som será produzido pelo instrumento.
Como citei no início, nem sempre o local onde a bateria será tocada é um ambiente tratado acusticamente. Como se trata de um instrumento percursivo e seus sons dependem do modo como o músico "bate" nele, as reflexões e ganhos obtidos pelo ambiente, pode produzir sons e ruídos, totalmente indesejáveis e diferentes daquilo que o baterista gostaria de produzir. Entendo que é muito importante que o volume produzido por qualquer instrumento em uma banda esteja equilibrado com relação aos outros, e que somente em determinadas ocasiões um deles se sobresaia. Vejamos os outros instrumentos: a guitarra tem um controle de volume, o mesmo para contrabaixo e teclados, instrumentos de sopro, violão, etc, sem falar nas vozes, são reproduzidos por microfones que são controlados por uma mesa de som. Somente a bateria e a percursão, estão sujeitas a sensibilidade do baterista e percursionista. No caso da bateria eletrônica, o volume que sai dela pode ser controlado pelo operador de som assim como os microfones, ou qualquer outro instrumento que esteja conectado na mesa de som.
Concluindo, é preciso pensar no todo, ou seja, na acusitica da sala, no volume geral da banda, nos que estão próximos da bateria. Como o próprio nome diz, estamos falando de um Conjunto que toca junto e para isso é preciso haver harmonia. Deixemos de pensar em nosso gosto ou satisfação pessoal na hora de tocar, mas no todo, no benefício que se obterá na reprodução para um público grande, que deverá receber com clareza e equilíbrio o que se está cantando, e os instrumentos, cada um em seu lugar, criando aquele ambiente harmonico e agradável aos ouvidos.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Sistema de Retorno com Fones de Ouvido, continuação.
Informações Roland: http://roland.com.br/products/details/200038/features/
Outro sistema muito utilizado nos últimos dias é sistema AVIOM
Superfície de Controle Remoto
O Aviom A-16R Mixer pessoal é uma versão em rack da A-16II. Com saídas de áudio esquerda e direita balanceadas separadas, além do fone de ouvido do painel frontal, o A-16R simplifica as conexões se você está monitorando através de cunhas sem energia ou sem fios no ouvido Como o A-16II, a Aviom A-16R permite que cada performer para criar uma mixagem de monitor totalmente personalizado, adaptado às suas necessidades individuais. O A-16R dá cada músico controlo totalmente independente em relação ao volume e pan de até 16 canais, assim como tons mestre e volume. Cada misturador também pode armazenar 16 mixes como Presets. áudio é retirado de um console existente, usando uma combinação de até 16 saídas diretas, encartes, auxes ou grupos. Estes canais dezesseis são enviados para um módulo de entrada Pro16, como o AN-16 / i, e, em seguida, são distribuídos para um número ilimitado de Misturadores pessoais utilizando cabos Cat-5e. Misturadores pessoais podem ser encadeados ou conectados em paralelo usando um A-Net Distribuidor.
Conexões paralelas também permitem que a energia seja fornecida aos misturadores sobre o cabo Cat-5e. Na maioria dos casos, o mixer de áudio A-16R será colocado para fora do palco em um rack, juntamente com amplificadores e unidades do transmissor. Ao adicionar a superfície de controle A-16CS para o sistema, você pode controlar remotamente a partir de seu mix no palco.
Características
•Mixer estéreo de montagem em rack de 16 canais
•Totalmente pan ajustável por canal
•Saídas de nível de linha balanceadas (XLR e TRS)
•Insere estéreo balanceadas (TRS)
•Fone de ouvido do painel frontal
•Remoto controlado via A-Control
•MIDI Remote mistura através de comandos MIDI padrão
•Dezesseis locais predefinidos para armazenar mixagens personalizadas
•Os canais podem ser solados, silenciado, ou agrupadas
•Dezesseis botões de seleção de canais com Dual LEDs
•Controle Pan / Espalhe com leitura LED
•Controle de volume do canal com leitura LED
•Volume principal, agudos e graves controles
•Mix Stereo In com controle de volume no painel frontal A-16R para montagem em rack pessoais
Especificações Mixer:
•Digital para analógico conversão Profundidade de bits: 24 bits
•Signal to Noise Ratio: Referenciado a 0dB,-103dB
Controles de tom:
•Treble + / - 12dB em 9kHz prateleiras
•Baixo + / - 12dB a 160Hz prateleiras
•Headphone Impedância Faixa: 30 - 600 ohms
•Saída de Headphone: impedância; 140 ohms
•Impedância: INSERT SEND / equilibrada Saída de linha: - 430 ohms
•Limites Máximos: Linha / Headphone saídas +20 dBu
•Insira Send / Return: Volume Post-EQ, Pré-Master
•Enviar Nível de saída: máximo +20 dBu
Misture em:
•Entrada ohms de impedância 55k
•Pré-EQ •Nível máximo de entrada: +20 dBu
•Dimensões: 1.75 "de altura (1U) x 7.5" profundamente
•Peso: 6,5 lbs
Informações: http://www.aviom.com/
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Passado e presente.
muitas igrejas que ainda
possuem o básico do básico
em termos de equipamentos
de som. Algumas delas me
procuram para um novo
projeto, mas não tem a
mínima noção sobre custos
e possibilidades. Enquanto
algumas igrejas possuem o suprassumo do áudio, outras ainda estão na base da caixa amplifcada ( das mais simples ) e do microfone. E olha que hoje esta muito mais acessível um equipamento básico do que há 15
anos atrás. Mas não dá pra fazer milagre, existe um investimento mínimo, e muitos não estão dispostos a
investir. Consequência - som ruim !
quinta-feira, 22 de abril de 2010
15 - Gravações 1
Samuel Mattos
Samuel Mattos Abril/2010
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
014 - Porque estudar áudio ?
Costumo recomendar que se ouça, principalmente, música clássica, com um bom fone de ouvido. Ai se encontram todos os itens necessários para que se comece a perceber os detalhes de uma música. O candidato deve-se colocar no lugar do maestro. Ele é o responsável por conduzir os vários instrumentos com harmonia, dinãmica, andamento, e principalmente saber se cada músico esta tocando seu instrumento da melhor maneira possível.
Não parece ser uma tarefa fácil, mas a função do operador de áudio, assim como o do maestro, é ouvir separadamente cada instrumento, como se pudesse separá-los uns dos outros, e nossa mente, trabalhando em conjunto com nossos ouvidos, é perfeitamente capaz de fazer isso, e assim perceber cada nota do tal instrumento. O que estou querendo dizer é que, nosso ouvido trabalhando junto com nosso cérebro, precisa de treinamento, para que nos acostumemos com cada timbre, e para isso é preciso ouvir, e ouvir, muita música boa. Cada instrumento tem um timbre característico, você sabe que houve um piano, porque sua mente já conhece o timbre de um piano. Este timbre faz parte da soma de uma gama de frequências, por isso é importante treinar seus ouvidos para reconhecer estas frequências. Recomendo se puder que se consiga um equalizador gráfico, e reproduzindo através dele à música, vá alterando cada frequência aos poucos, e assim irá percebendo as mudanças que cada uma provoca no som.
Você pode começar a treinar seus ouvidos, agora mesmo. É só fechar seus olhos e tentar interpretar cada som que houve; o veículo que passa ao longe, é pequeno ou grande? Um pássaro que canta, um cão que late, pessoas conversando, etc.
Existem várias escolas no Brasil, que habilitam pessoas para operar diversos equipamentos, porém algo que só você pode fazer, é, treinar seus ouvidos para interpretar os mínimos detalhes dos diversos tipos de sons existentes no universo, sejam eles naturais ou não.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
13 - Retorno
O principal motivo de se mandar retorno de áudio ao palco, é oferecer aos músicos e cantores a oportunidade de ouvir melhor o som que estão produzindo. Como o sistema de som principal envia o áudio diretamente ao público que esta de frente ao palco, aqueles que produzem o som precisam de um sistema que lhes proporcione ouvir, sem atrasos, reverberações e etc, o áudio de volta. A maneira clássica de se fazer isso é colocar os retornos de chão, que são caixas especificamente desenhadas para ficar no chão, apontadas para o músico ou cantor. Estas caixas deverão reproduzir o som enviado por uma mesa de som, específica para retorno, ou através da mesa de som principal, utilizando-se de uma das vias de auxiliares.
Em um sistema profissional, utilizam-se várias vias, com várias caixas, onde cada caixa poderá reproduzir uma mixagem específica, por exemplo: o cantor solo, pode querer ouvir em sua caixa de retorno, sua voz em primeiro plano, o back-vocal mais baixo, o piano, e o resto do instrumental bem ao fundo, ou em outro exemplo o baterista, vai querer ouvir em seu retorno somente o contrabaixo e a voz solo. Resumindo, em um sistema profissional, pode-se enviar qualquer som, a qualquer caixa de retorno independente uma da outra.
Já faz algum tempo, começou-se a substituir as caixas de retorno de chão, por fones de ouvido, com ou sem fio. As principais diferenças entre o sistema com ou sem fio são as questões de mobilidade e também o preço. A principal vantagem do sistema de retorno por fones, é a diminuição drástica do volume de som no palco. Imagine que a soma do som produzido por várias caixas de retorno, mais o som dos amplificadores dos instrumentos (cubos), mais o som produzido pela bateria, tudo isso somado, eleva o nível de ruído no palco a níveis altíssimos.
Gostaria de abrir um parêntese aqui, para comentar algo importante sobre os amplificadores de instrumentos. Sem dúvida eles são importantíssimos para que o músico encontre a sonoridade ideal para o seu instrumento, porém, em nome do conjunto, formado por vários instrumentos, vozes e percussão, o guitarrista, baixista, tecladista, devem abrir mão do seu amplificador(cubo), utilizando-se de um bom retorno por fones, para que o volume total no palco seja agradável à todos, interferindo o menos possível no som que vai ao púbico. já observei em várias ocasiões, que o nível de som no palco era tão, ou mais alto que o som enviado ao público (PA).
Retorno de Fone com Fio
Vamos a um exemplo prático, imaginemos um grupo musical constituído de Bateria, Contrabaixo Elétrico, Guitarra Elétrica, Violão Acústico, Flauta, e Instrumentos Clássicos como Violinos, além das vozes. Fica muito claro aqui que os músicos que tocam o Violão, a Flauta e os Violinos terão muita dificuldade em ouvir seu instrumento, se o outros instrumentistas ouvirem os seus em amplificadores individuais, em volume alto. Agora se todos usarem fones, cada um poderá ouvir seu instrumento em primeiro plano, melhorando sua perfomace, e além de poder ouvir uma mixagem específica dos outros instrumentos, sem ninguém atrapalhar um ao outro. Lógicamente temos o som produzido pelos instrumentos de percurssão, principalmente a bateria. O ideal neste caso, é que o baterista não use muita força nas batidas, e que seja providenciado um aquário de isolamento, em muitos casos, utilizam-se, as baterias com pads eletrônicos, que não produzem som acústico mas somente aqueles enviados ao sistema principal e aos fones, atualmente algumas dessas baterias eletrônicas com pads produzem um som tão real, que dificilmente se percebe a diferença do som de uma bateria acústica, lógico que deve haver um tempo de adaptação do músico com o instrumento.
Um outro sistema bastante utilizado como retorno e monitoração, é o Side Fill, ou Sistema Lateral, onde duas ou mais caixas grandes, são colocadas voltadas para o palco, como se fosse um PA de retorno, esse sistema se destina a proporcionar aos músicos e cantores, a mesma sensação do som que esta indo ao público. Suas desvantagens são, a grande probabilidade de gerar microfonia, além do alto volume de som que produz no palco.
As questões ligadas ao monitoramento, volume de som, falta de retorno ao músicos tem gerado em muitos casos conflitos desnecessários que poderiam ser evitados com um projeto simples e básico de retorno e o principal a compreensão de todos os envolvidos, em se buscar o equilíbrio do áudio, seja no palco, seja no PA.
Samuel Mattos
samuel-mattos@hotmail.com
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
12 - Alto Falantes
Quando Thomas Edsom iniciou seus estudos no Fonógrafo em 1877, dava início a uma era que ainda não terminou, passando pelos primeiros registros de voz, até as fitas, lps, cds, dvds, gravação em computador, etc. O ser humano sempre terá a necessidade de registrar tudo, como observamos hoje em mídias digitais. O princípio do Fonógrafo se baseava no registro de áudio em um cilindro que fazia vibrar uma agulha e por conseguinte fazia vibrar uma membrana acoplada a um cone que amplificava os sons produzidos por vibração, esse mecanismo desloca o ar ao seu redor produzindo som. Assim aquele cone, que podia variar de um tamanho pequeno até um muito grande propiciava ao ouvinte o poder de reconhecer os sons que ele irradiava. Com o passar dos anos foram sendo aperfeiçoados os amplificadores eletrônicos que inseridos na cadeia, antes do cone possibilitavam um aumento significativo na corrente elétrica produzida, que enviada ao sistema eletromagnético, permitia um aumento no volume de som produzido. Um grande problema surgiu a partir de então, o sistema de bobina-móvel mais cone, precisava agora ser resistente o bastante para suportar a vibração e o calor produzido por este aumento de corrente elétrica. A partir daí os alto-falantes não pararam mais de evoluir.
Fonógrafo de Thomas Edsom
Os alto-falantes também conhecidos como "transdutores", são formados basicamente por um conjunto elétro-magnético acoplado a um cone. Sua função é transformar energia elétrica em acústica.
Basicamente os alto-falantes se dividem em três categorias – Woofers, Drivers e Tweeters. Os Woofers são os responsáveis pela reprodução das frequências graves, os Drivers pelos médios e os Tweeters são responsáveis pela reprodução das frequências altas, ou agudas, esta divisão depende um pouco do tipo de caixa acústica em que esses transdutores serão aplicados.
O estudo mais aprofundado das características de projeção do som, levou os pesquisadores a introduzir o uso de caixas de acústicas em conjunto com os alto-falantes. Percebeu-se que o uso destas caixas propiciava um ganho considerável, tanto em termos de volume como no espectro de frequências que se queria obter com determinado alto falante, percebeu-se também que os alto-falantes produziam som tanto em sua parte traseira, como na dianteira, isso provocava cancelamento de fases e perda de rendimento, daí a necessidade de se isolar a parte da frente da traseira do transdutor. Milhares de modelos diferentes de caixas acústicas foram desenvolvidas, levando em consideração principalmente a sua diretividade, ou seja qual seria o seu campo de cobertura. Entre os modelos construídos haviam caixas que melhoravam os graves, caixas refletoras, caixas "cornetadas", que projetavam o som a distancias maiores, modelos angulados que permitiam um ângulo de cobertura maior, drivers capazes de cobrir tanto frequências de médio altas até muito agudas, substituindo os tweeters, caixas de retorno, sem falar nos mais diversos materiais, como madeiras, resinas, plásticos, etc.
Até bem pouco tempo atras os alto-falantes queimavam com muita facilidade, hoje podemos dizer que com a introdução de novos materiais na fabricação, tanto na parte elétro-magnética, quanto na parte acústica dos alto-falantes, aumentou-se em muito sua eficiência e também a sua durabilidade, permitindo que os mesmos trabalhem por muitas horas, em condições extremas de calor, sem prejudicar seu funcionamento.
Em um projeto de sonorização de ambientes há inúmeras opções no mercado, sendo que para cada ambiente um tipo de alto-falante em conjunto com sua caixa acústica melhor se adequará. Existem profissionais especializados na aplicação de caixas acústicas e um bom estudo acústico do local se faz necessário antes da aquisição de qualquer modelo.
11 - Efeitos Psico_Sonoros
Passados alguns instantes deste impacto inicial, seu sistema auditivo já esta completamente adaptado, ou seja, se você não é um profissional treinado para perceber e compreender essas coisas, você vai achar que elas nem estão mais ali. E é exatamente isso que diferencia você operador de áudio, das outras pessoas que vão ouvir o som que você esta controlando. O operador de áudio tem que levar em consideração os fatores psico-acústos que interferem na sua mixagem. O exemplo mais prático que podemos comentar é o da falta de pessoas no ambiente quando passamos o som, e depois quando o salão já esta cheio. Você regula tudo certinho mas, mais tarde, quando o salão esta cheio, o som soa totalmente diferente. Isto é natural porque em um ambiente vazio a reverberação é muito maior do que em um cheio. As frequências de agudos serão maiores no ambiente vazio do que em um cheio, até o calor e a umidade influenciam.
Lembre-se cada indivíduo vai reagir de um modo diferente ao som produzido, ainda temos aqueles que tem um ouvido mais treinado do que outros, uns com alguma deficiência, além é claro das questões de gosto particular. Parece complicado lidar com um número tão grade de fatores, mas aí entra sua experiência, o equalizador gráfico é um grande aliado seu, um pequeno ajuste para menos nos graves gerais, você tira a sensação de peso e impacto que pode não ser agradável aos mais idosos, um pequeno ajuste para mais nos médios poderão ressaltar os vocais das músicas que ninguém entende a letra, os agudos então, podem causar a sensação de agressividade ou nitidez aos ouvidos.
Não estou querendo dizer aqui que você deve alterar a todo momento sua curva gráfica, não, ela deve ser calibrada conforme a acústica do ambiente e também o tipo de cobertura sonora de suas caixas, mas, pequenos ajustes de 3dB nas frequências principais podem causar um efeito muito benéfico ao seu trabalho. Por isso ouça, ouça muito, treine seus ouvidos, tire o máximo de seus equipamentos, só assim você vai poder tornar agradável a audição das suas mixagens.
Samuel Mattos.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
010 - Microfonando Bateria
Quero falar hoje sobre um tema muito polêmico na maioria das igrejas que adotam a bateria como mais um instrumento dentro de uma banda. A bateria é um instrumento de percussão, ou seja ela precisa ser batida para que produza um som, dependendo do tamanho do ambiente e da força com que ela é tocada pode-se produzir altos níveis de ruído.
Uma pergunta que sempre me fazem é se ela deve ser microfonada ou não. Como eu estava dizendo o ambiente onde se esta tocando, influi muito no volume de som que ela irá produzir, salas com pouco material de absorção como tapetes, carpetes, cortinas, forração de teto, etc, tendem a refletir ainda mais o som emitido pela percussão. Já faz algum tempo em muitas igrejas começou-se a adotar um recurso para impedir que o som da bateria se propague pelo ambiente, é o chamado aquário. Uma caixa de vidro é montada, e lá dentro fica o infeliz músico. Sim, digo infeliz porque ele fica como um peixinho isolado, sendo então necessário o envio de retorno e a consequente microfonação do instrumento.
Existem várias maneiras de se microfonar uma bateria, em foma de X, onde dois microfones são apontados, cruzando-se um sobre o outro.
Em forma de Y, onde dois microfones são apontados um para esquerda outro para a direita mais ou menos a 45○( estes dois formatos servem somente para captação de forma geral da bateria, deixando de dar definição as peças do instrumento), ou então a forma clássica microfonando cada peça ( existem kits de microfones específicos para a bateria). Eu particularmente, independente da forma, costumo nunca deixar de colocar um microfone no bumbo, independente de ser X, Y, ou mcrofonaçâo completa, pois considero o grave produzido por esta peça, muito importante para formação do espectro de áudio, dando peso e equilíbrio ao som geral do sistema.
Para àqueles que consideram essencial a participação do instrumento de percussão na banda e que não dispõe do músico ou de espaço, existe a opção de baterias eletrônicas programáveis ou não. A vantagem deste equipamento no nosso caso, consiste no maior controle que teremos sobre os níveis de áudio produzidos, porém a maioria dos músicos discorda desta posição.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
009 - Mesas Digitais
Confesso que relutei por alguns anos a reconhecer que esse era um caminho sem volta, percebi que eu realmene precisava adquirir conhecimeno nesta área. Já trabalhava em computador, com softwares dedicados à gravação em estúdio, com mesas virtuais e com um mouse manipular o sistema. Porém agora a coisa seria material, botões, faders, tudo ali de um jeito que eu podia tocá-los, porém com uma grande diferença; lá dentro, era um software que controlava tudo, ou seja cada botão que eu girava ou apertava, era um comando para que o software cumprisse alguma função.
As vantagens são inúmeras, processamento, delay , reverbs, compressores, equalizadores, gates, tudo em abundância, ao girar de um botão ou toque, sem falar nas memórias de cena, ou seja, você ensaia uma banda ajusta, equaliza, e salva! Pronto pode ensaiar uma outra banda totalmente diferente, que, quando precisar é só chamar àquela cena anterior que tudo volta como estava.
Diante deste quadro o que fazer, não estou querendo dizer aqui que você precisa sair correndo para vender sua mesa analógica e comprar uma digital, não é isso, as mesas analógicas ainda estarão na batalha por muitos anos, porém esse é um processo sem volta, e mais cedo ou mais tarde, você vai se deparar com uma mesa digital e ai o que fazer?
A minha recomendação é que você procure um curso, onde se pode aprender os principios básicos de operação de uma mesa digital, se você já conhecem bem as mesas analógicas, muitos dos princípios serão aplicaveis, porém muitas coisas serão novidade. Ao final, você irá reconhecer quantas vantagens podemos tirar do mundo digital.
samuel-mattos@hotmail.com
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
008 - Cuidado com os Ouvidos
Som da Igreja – Edição nº 008
Gostaria de comentar hoje, algo que tenho observado em muitas igrejas e eventos que visito. Sei que é um tema polêmico: o volume alto que é imposto aos frequentadores dos cultos, encontros ou musicais.
Infelizmente instituiu-se a inverdade que som alto é sinônimo de som bom. Aí temos um problema de saúde pública, pois esses ouvintes são vítimas indefesas de algo prejudicial à saúde, pois já constatei encontros musicais onde o nível de áudio girava em torno de 100 decibéis.
Segundo dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, o ouvido humano suporta até 90 decibéis. A partir daí, já existe a possibilidade de uma pessoa apresentar lesão, muitas vezes irreversível, causando perda auditiva. O otorrinolaringologista Luiz Carlos Alves de Sousa, afirma que um indivíduo não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis de intensidade por mais de 8 horas. Esse tempo cai para 4 horas em lugares com 90 decibéis; 2 horas em locais com 95 decibéis e 1 hora onde a intensidade chega a 100 decibéis.
Dependendo do período de exposição, sons de intensidades superiores a 85 decibéis podem causar distúrbio de dupla perversidade, pois ao mesmo tempo em que compromete nossa capacidade auditiva para sons ambientais, pode causar ainda um sintoma contínuo e muito incômodo: o zumbido.
A lesão por ruído geralmente fere células do ouvido responsáveis pelas freqüências agudas. E é justamente nestas freqüências que estão concentrados os principais fonemas para o entendimento das palavras. Quando isto ocorre, o paciente deve procurar um otorrinolaringologista para fazer o diagnóstico médico.
É muito comum que operadores de som, por ignorância ou imposição dos dirigentes, trabalhem com níveis excessivos de som com o pretexto de que um número maior de pessoas precisam ouvir a mensagem. A falta de preparo leva esses operadores a utilizarem a potência máxima dos sistemas tentando obter maior inteligibilidade. Nos dias de hoje, as potências em conjunto com ótimos alto-falantes, proporcionam facilmente altos níveis de pressão sonora.
Desde o início, minha intenção como colunista foi, mesmo que de uma forma bem básica, dar dicas a operadores de como obter o melhor som de seus sistemas, mesmo que eles sejam dos mais simples. Este alerta de hoje vem de encontro a qualidade de áudio e isto significa fazer com que a voz chegue aos ouvintes o mais claro possível e que os instrumentos possam ser reproduzidos com beleza e naturalidade sem agredir os ouvidos nem ficar acima do nível vocal.
Lembre-se! Nossos ouvidos são nossas melhores ferramentas. Use o bom senso, ouça bem os timbres antes de amplificá-los e tente reproduzí-los da maneira mais natural possível.
Até a próxima!
segunda-feira, 30 de julho de 2007
007 - Monitoração de Palco
O sistema se destina a enviar sinais de áudio como retorno aos músicos e cantores no palco, ou seja, independente do som que sai nas caixas de PA, um segundo áudio pode ser enviado ao palco com total independência um do outro.
Sendo assim, pode-se colocar caixas de retorno no palco (há modelos específicos para isso) retornando áudio, para que os músicos possam se ouvir melhor ou então usar retorno de ouvido.
Há duas maneiras de se fazer isso: usando apenas uma mesa de som principal, onde através da linha de auxiliares da mesa, envia-se sinais de áudio, independentes do som principal de volta para o palco. Ou então colocando-se uma segunda mesa de som (mesa de palco), destinada a enviar sinais de áudio diretamente para os retornos de chão ou de ouvido. Nesta segunda configuração haverá a necessidade da instalação de um Multicabo Splitter – este cabo consiste em um T que recebe os sinais provindos do palco e os divide em dois, um para mesa de palco e o outro para mesa principal sendo que um não influencia no outro.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
006 - Continuando
Quando o áudio entra na mesa, o primeiro estágio pelo qual ele passa é o ganho, onde se determina a sensibilidade do nível que está entrando na mesa. Por exemplo, se a pessoa que está no microfone tiver uma voz fraca, haverá a necessidade de se ajustar o ganho para mais, para que o nível de áudio esteja num patamar aceitável para ser processado pelos próximos controles. Ou o contrário, se a pessoa tiver uma voz forte, se diminui o ganho.
O excesso de ganho pode provocar distorção no áudio daquele canal. Já a falta de ganho provavelmente trará junto ao nível de áudio, um chiado característico, o famoso ruído de fundo.
Depois da seção de ganho, o áudio – na maioria das mesas – vai para seção equalizadora, onde pode se acrescentar ou subtrair frequências, ou seja, mais
ou menos agudo, mais ou menos médios, mais ou menos graves.
Em seguida o áudio segue para a seção de auxiliares (ou endereçamentos, para efeitos, periférisos ou retornos). Os auxiliares servem para desviar o sinal para uma unidade processadora externa. Neste ponto o sinal é desviado e retorna ao mesmo ponto já com a alteração desejada.
Na próxima etapa, o áudio passa pelo pan-pot, botão panorâmico. Este botão tem um ponto central e pode ser movido totalmente para esquerda ou totalmente para direita. Este processo possibilita criar efeitos estéreo, movendo literalmente o som para esquerda ou para a direita, desde que o sistema todo esteja configurado para estéreo.
Finalmente chegamos ao fader, o botão deslizante que controla o nível de áudio que sairá daquele canal para o Máster. (o processo se repetirá em cada canal, algumas mesas não possuem os fades deslizantes, mas sim um Knob, botão deslizante). O botão deslizante na posição totalmente para baixo, impedirá a passagem do som, e totalmente para cima propiciará resistência zero, deixando passar todo o sinal para o Máster. É com eles que realizamos a famosa Mixagem, realizando o equilíbrio de todos os pontos de captação (microfones e instrumentos plugados na mesa), por isso denominamos o consóle de “mesa de mixagem” onde cada canal será misturado com os outros, com os seu níveis mais alto, ou mais baixo, mais grave ou mais agudo, processado ou não, mais para a esquerda ou direita, e então serão enviados para o fader máster que por sua vez, o enviará para as suas saídas, onde seguirão o caminho já fora da mesa, para continuar o processamento ou ir direto para as caixas de som.
Sobre a continuidade do sinal que sairá da mesa de som, falaremos no nosso próximo encontro. Até lá!
Samuel Mattos
terça-feira, 19 de junho de 2007
005 - De Volta ao Inicio
De que forma funciona um sistema básico de som? Através de uma cadeia formada por: captador (microfone, guitarra), pré-amplificador (mesa, mixer), periféricos (equalizador, reverber, etc.), amplificador (potências) e alto-falantes (caixas de som), há também as caixas de som amplificadas, onde o Amplificador fica dentro da caixa, junto com os alto falantes. (Em outra postagem falamos sobre as mesas digitais que já comportam dentro de uma única unidade os periféricos citados).
Ilustração 1
Podemos dizer que a mesa (ou mixer) é o centro nervoso de todo o sistema porque é nele que ocorrerão todos os ajustes necessários para a captação e amplificação de vozes e instrumentos. Depois de nivelados e misturados serão levados através dos amplificadores até as caixas de som.
Nas mesas de som encontramos basicamente dois tipos de entradas onde deverão ser ligados os microfones ou instrumentos (algumas possuem entradas específicas para outros equipamentos - players).
Na maioria dos casos, o controle de ganho é o primeiro botão de cima para baixo e é responsável pelo ajuste de sensibilidade. Por exemplo, quem fala muito alto no microfone deve-se abaixar o controle de ganho.
Os Equalizadores nas mesas de som são em muitos casos constituídos de três botões: um de agudo, um de médio e outro de agudo. Neles, o operador deve buscar ajustar pequenas imperfeições no timbre da voz ou instrumento captado.
O botão de efeitos ou auxiliar serve para endereçar aquele canal a um periférico que esteja ligado a mesa de som. Por exemplo, processador de efeitos ou reverber, ou como linha de retorno.
O botão Panorâmico – pouco utilizado porque a maioria dos sistemas trabalha em mono não em stereo, – possibilita jogar determinado microfone ou instrumento mais para esquerda ou mais para a direita nas caixas de som.
Finalmente os Faders, que ao contrário do que muitos pensam, não é o volume de cada canal, mas um limitador de nível. São aqueles famosos botões deslizantes que encontramos na maioria das mesas de som e que em sua posição totalmente para baixo significa que não estão deixando passar nenhum som; totalmente acima estão deixando o som passar em sua totalidade.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
004 - Audio na Igreja - Inteligibilidade
Conforme destaca o dicionário, essa palavra vem do adjetivo inteligível, que significa "compreender bem". O ser humano é capaz de ouvir as frequências compreendidas dentro do spectro de 20Hz até 20Khz. Como entender isso?
Imagine um teclado de piano: o lado que fica à esquerda representaria os 20Hz ou os sons graves, no lado à direita ficam os 20 KHz, ou, os sons agudos, na parte central estão os sons médios. Sendo assim podemos dividir este espectro de frequências em Graves, Médios e Agudos, que por sua vez vão subdividir-se em Médios Graves, Médios Médios e Médios Agudos. Observe que nesta subdivisão os Médios foram subdivididos em Médios Graves, Médios Médios e Médios Agudos. É exatamente nesta região que encontramos as frequências que são melhor compreendidas pelo ouvido humano.
É muito comum verificar, em muitas equalizações, nas sonorizações, que as regiões Médias são normalmente muito atenuadas, e aí esta um grande problema, pois como já dissemos, nesta região está a maior parte das frequências que nosso ouvido compreende melhor. Nesta região está a voz humana, e a maioria dos instrumentos que fazem a parte harmônica da música, como violão, guitarra, piano, sax, etc.
Cabe então ao operador, treinar o seu ouvido para perceber quais são as frequências que devem ser destacadas, seja da voz ou dos instrumentos. Não esquecendo que a resposta (acústica) do ambiente pesa muito, sendo necessário então um equilíbrio de todos estes fatores.
Até a próxima !
003 - Audio na Igreja - Equalizando
Como falamos no item anterior, hoje iremos falar sobre equalização, porém antes precisamos compreender que a aplicação do equalizador em um ambiente a ser sonorizado,
tem a ver principalmente com a resposta de frequências que a acústica do ambiente tem, explicando: Cada ambiente soa de uma maneira diferente, alguns ressaltam frequências graves, outros frequências médias e outras frequências agudas. É ai que entra esta ferramenta que nos auxilia a corrigir os excessos que tanto prejudicam a boa audição nos ambientes onde vamos sonorizar.
Infelizmente devido principalmente às comuns reduções de orçamento na hora de se projetar uma um auditório, acarreta que a construção final terá gravíssimos problemas de acústica. Existem "paliativos", como carpetes, cortinas grossas, ou até a colocação de material absorvente nas paredes, com o intuito de se diminuir reverberações, ecos, e ressonâncias, e, realmente em muitos casos, a colocação desses materiais consegue amenizar bastante esses problemas. Porém sempre será necessário fazer correções de frequência, com o nosso equalizador.
São vários os tipos de equalizador, shelving os mais comuns, paramétricos, encontrados em muitas mesas de som e os gráficos, meus preferidos. Através da análise acústica do ambiente, aplica-se o equalizador aumentando ou atenuando uma determinada frequência. Imaginemos um ambiente, onde através da análise acústica se observa que a região compreendida entre 200 Hz a 280 Hz, é proeminente, e que chega até a provocar ressonâncias e microfonias nesta região. O papel do equalizador neste caso é exatamente este, diminuir a frequência que estão "sobrando", está sendo reforçada pelo próprio ambiente acústico. Um princípio básico é: se esta faltando uma frequência, acrescente, se esta sobrando, atenue-a com o equalizador. Analizadores de espectro RTA e FFT ajudam, hoje em forma de plug-in a observar graficamente os problemas acústicos na maioria dos casos, se não for possível usá-los, nosso bom e velho amigo OUVIDO tem que estar calibrado, kkkkk.
Samuel Mattos
09/fevereiro/2007
002 - Audio na Igreja - Microfonia
famosa microfonia, ou realimentação acústica.
A realimentação é um fenômeno eletroacústico que ocorre devido a um desequilíbrio das frequências, e no nível de pressão sonora (SPL) que estão sendo projetadas num determinado ambiente e re-capitadas pelos microfones, formando assim um looping sem fim.
A microfonia é identificada como um apito forte, que ocorre quando as ondas sonoras emitidas por um alto-falante são captadas e reamplificadas pelo microfone que as originou. Muitas vezes começa fraco e vai aumentado gradualmente até que uma das fontes sonoras seja interrompida, sendo assim temos: microfonia de graves que mais se parece com um apito de navio, a microfonia de médios, parecida com o som produzido por uma corneta, e a de agudos, a pior delas, pois atinge frequências altas que podem até prejudicar a audição, se não for controlada a tempo.
Mas o que provoca a microfonia ? Como já disse é um desequilíbrio, que ocorre quando há excesso de volume em uma determinada frequência. Por exemplo: quando ligamos um microfone próximo de um alto falante, o som captado pelo microfone, percorre um caminho, ou seja, entra pelo microfone, vai para a mesa de som, que o pré-amplifica e envia para os amplificadores que os enviam para as caixas de som de volta, quando esse sinal sai pelo alto falante, uma boa parte dele é nova mente captada pelo microfone, criando assim um ciclo vicioso, um looping sem fim. Até ai tudo bem pois esse ciclo pode até ser usado como um efeito natural num sistema de reforço sonoro, porém quando uma determinada frequência, seja de graves, médios ou agudos é excessiva, esse ciclo se tornará audível e crescente até que passe a ser ouvido, quase que se tornando inaudível e interferir na qualidade do sistema todo.
Uma maneira de amenizar este problema é evitando que os microfones fiquem posicionados de frente para o raio de emissão dos alto-falantes. Porém sabemos que a acústica do ambiente, através das reflexões nas paredes, teto, chão e outras superfícies, proporciona um ganho em determinadas frequências o que aumenta a possibilidade de causar microfonia.
001 - Audio na Igreja - Introdução
Gostaria de conversar um pouco nesta coluna, sobre um problema que muitas igrejas enfrentam na maioria de seus cultos, o som. As reclamações são sempre as mesmas: " esta muito alto, esta muito baixo, não entende-se nada do que se canta, que ruído é esse, o microfone esta falhando, não funciona, etc."
O maior problema que verifico quando visito igrejas para avaliação de seu equipamento de som, é a falta de preparo das pessoas envolvidas na manipulação dos equipamentos dessas igrejas. Quero dizer que, se não houver um mínimo de investimento (treinamento) nas pessoas que diretamente irão lidar com o equipamento, de nada adianta grandes investimentos. Costumo fazer a seguinte comparação; pode ser qualquer tipo de aeronave, um jato moderníssimo ou um teco-teco, se o piloto não estiver preparado o avião vai acabar caindo.
Hoje vamos ficar por aqui e na próxima semana passaremos já, direto para um assunto importante dentro do nosso tema principal, som na igreja.
Samuel