Não adianta investir milhões em equipamento se o microfone não captar o som com clareza e naturalidade, o mesmo acontece com os alto-falantes, mesmo que o som passe por bons microfones e equipamentos, se na hora em que for reproduzido o alto-falante não tiver fidelidade, durabilidade, todo o seu som será comprometido. Os dois merecem cuidados especiais tanto na compra, como em sua conservação e manutenção, vamos estudar um pouco mais então os nossos amigos alto falantes.
Quando Thomas Edsom iniciou seus estudos no Fonógrafo em 1877, dava início a uma era que ainda não terminou, passando pelos primeiros registros de voz, até as fitas, lps, cds, dvds, gravação em computador, etc. O ser humano sempre terá a necessidade de registrar tudo, como observamos hoje em mídias digitais. O princípio do Fonógrafo se baseava no registro de áudio em um cilindro que fazia vibrar uma agulha e por conseguinte fazia vibrar uma membrana acoplada a um cone que amplificava os sons produzidos por vibração, esse mecanismo desloca o ar ao seu redor produzindo som. Assim aquele cone, que podia variar de um tamanho pequeno até um muito grande propiciava ao ouvinte o poder de reconhecer os sons que ele irradiava. Com o passar dos anos foram sendo aperfeiçoados os amplificadores eletrônicos que inseridos na cadeia, antes do cone possibilitavam um aumento significativo na corrente elétrica produzida, que enviada ao sistema eletromagnético, permitia um aumento no volume de som produzido. Um grande problema surgiu a partir de então, o sistema de bobina-móvel mais cone, precisava agora ser resistente o bastante para suportar a vibração e o calor produzido por este aumento de corrente elétrica. A partir daí os alto-falantes não pararam mais de evoluir.
Fonógrafo de Thomas Edsom
Os alto-falantes também conhecidos como "transdutores", são formados basicamente por um conjunto elétro-magnético acoplado a um cone. Sua função é transformar energia elétrica em acústica.
Basicamente os alto-falantes se dividem em três categorias – Woofers, Drivers e Tweeters. Os Woofers são os responsáveis pela reprodução das frequências graves, os Drivers pelos médios e os Tweeters são responsáveis pela reprodução das frequências altas, ou agudas, esta divisão depende um pouco do tipo de caixa acústica em que esses transdutores serão aplicados.
O estudo mais aprofundado das características de projeção do som, levou os pesquisadores a introduzir o uso de caixas de acústicas em conjunto com os alto-falantes. Percebeu-se que o uso destas caixas propiciava um ganho considerável, tanto em termos de volume como no espectro de frequências que se queria obter com determinado alto falante, percebeu-se também que os alto-falantes produziam som tanto em sua parte traseira, como na dianteira, isso provocava cancelamento de fases e perda de rendimento, daí a necessidade de se isolar a parte da frente da traseira do transdutor. Milhares de modelos diferentes de caixas acústicas foram desenvolvidas, levando em consideração principalmente a sua diretividade, ou seja qual seria o seu campo de cobertura. Entre os modelos construídos haviam caixas que melhoravam os graves, caixas refletoras, caixas "cornetadas", que projetavam o som a distancias maiores, modelos angulados que permitiam um ângulo de cobertura maior, drivers capazes de cobrir tanto frequências de médio altas até muito agudas, substituindo os tweeters, caixas de retorno, sem falar nos mais diversos materiais, como madeiras, resinas, plásticos, etc.
Até bem pouco tempo atras os alto-falantes queimavam com muita facilidade, hoje podemos dizer que com a introdução de novos materiais na fabricação, tanto na parte elétro-magnética, quanto na parte acústica dos alto-falantes, aumentou-se em muito sua eficiência e também a sua durabilidade, permitindo que os mesmos trabalhem por muitas horas, em condições extremas de calor, sem prejudicar seu funcionamento.
Em um projeto de sonorização de ambientes há inúmeras opções no mercado, sendo que para cada ambiente um tipo de alto-falante em conjunto com sua caixa acústica melhor se adequará. Existem profissionais especializados na aplicação de caixas acústicas e um bom estudo acústico do local se faz necessário antes da aquisição de qualquer modelo.
EU e o ÁUDIO - Veja também www.conexaoav.com - Tenho também um blog sobre a história dos carros brasileiros - https://historiacarrosbrasileiros.blogspot.com/
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
11 - Efeitos Psico_Sonoros
O tema que quero propor hoje é um pouco subjetivo, mas na prática este fenômeno ocorre o tempo todo com àqueles que de uma forma ou de outra lidam com áudio, trata-se dos efeitos psico-acústicos. Já deve ter ocorrido com você, minutos depois de entrar em um ambiente qualquer onde uma música estava sendo executada, você sente algo diferente; pode ser um restaurante, um supermercado, o barzinho, um aeroporto, o efeito é marcante. A primeira sensação que sentimos é de um pouco de desconforto (lógico que não estou falando de sons muito altos), isto é causado pelo tempo mínimo necessário que o nosso sistema auditivo precisa para se adaptar; à acústica do ambiente, ao tamanho ( eco, delay), a reflexividade das paredes ( as quais provocam muita ou pouca reverberação ), presença de ruídos ( máquinas, ventiladores, etc ), até a luminosidade influi.
Passados alguns instantes deste impacto inicial, seu sistema auditivo já esta completamente adaptado, ou seja, se você não é um profissional treinado para perceber e compreender essas coisas, você vai achar que elas nem estão mais ali. E é exatamente isso que diferencia você operador de áudio, das outras pessoas que vão ouvir o som que você esta controlando. O operador de áudio tem que levar em consideração os fatores psico-acústos que interferem na sua mixagem. O exemplo mais prático que podemos comentar é o da falta de pessoas no ambiente quando passamos o som, e depois quando o salão já esta cheio. Você regula tudo certinho mas, mais tarde, quando o salão esta cheio, o som soa totalmente diferente. Isto é natural porque em um ambiente vazio a reverberação é muito maior do que em um cheio. As frequências de agudos serão maiores no ambiente vazio do que em um cheio, até o calor e a umidade influenciam.
Lembre-se cada indivíduo vai reagir de um modo diferente ao som produzido, ainda temos aqueles que tem um ouvido mais treinado do que outros, uns com alguma deficiência, além é claro das questões de gosto particular. Parece complicado lidar com um número tão grade de fatores, mas aí entra sua experiência, o equalizador gráfico é um grande aliado seu, um pequeno ajuste para menos nos graves gerais, você tira a sensação de peso e impacto que pode não ser agradável aos mais idosos, um pequeno ajuste para mais nos médios poderão ressaltar os vocais das músicas que ninguém entende a letra, os agudos então, podem causar a sensação de agressividade ou nitidez aos ouvidos.
Não estou querendo dizer aqui que você deve alterar a todo momento sua curva gráfica, não, ela deve ser calibrada conforme a acústica do ambiente e também o tipo de cobertura sonora de suas caixas, mas, pequenos ajustes de 3dB nas frequências principais podem causar um efeito muito benéfico ao seu trabalho. Por isso ouça, ouça muito, treine seus ouvidos, tire o máximo de seus equipamentos, só assim você vai poder tornar agradável a audição das suas mixagens.
Samuel Mattos.
Passados alguns instantes deste impacto inicial, seu sistema auditivo já esta completamente adaptado, ou seja, se você não é um profissional treinado para perceber e compreender essas coisas, você vai achar que elas nem estão mais ali. E é exatamente isso que diferencia você operador de áudio, das outras pessoas que vão ouvir o som que você esta controlando. O operador de áudio tem que levar em consideração os fatores psico-acústos que interferem na sua mixagem. O exemplo mais prático que podemos comentar é o da falta de pessoas no ambiente quando passamos o som, e depois quando o salão já esta cheio. Você regula tudo certinho mas, mais tarde, quando o salão esta cheio, o som soa totalmente diferente. Isto é natural porque em um ambiente vazio a reverberação é muito maior do que em um cheio. As frequências de agudos serão maiores no ambiente vazio do que em um cheio, até o calor e a umidade influenciam.
Lembre-se cada indivíduo vai reagir de um modo diferente ao som produzido, ainda temos aqueles que tem um ouvido mais treinado do que outros, uns com alguma deficiência, além é claro das questões de gosto particular. Parece complicado lidar com um número tão grade de fatores, mas aí entra sua experiência, o equalizador gráfico é um grande aliado seu, um pequeno ajuste para menos nos graves gerais, você tira a sensação de peso e impacto que pode não ser agradável aos mais idosos, um pequeno ajuste para mais nos médios poderão ressaltar os vocais das músicas que ninguém entende a letra, os agudos então, podem causar a sensação de agressividade ou nitidez aos ouvidos.
Não estou querendo dizer aqui que você deve alterar a todo momento sua curva gráfica, não, ela deve ser calibrada conforme a acústica do ambiente e também o tipo de cobertura sonora de suas caixas, mas, pequenos ajustes de 3dB nas frequências principais podem causar um efeito muito benéfico ao seu trabalho. Por isso ouça, ouça muito, treine seus ouvidos, tire o máximo de seus equipamentos, só assim você vai poder tornar agradável a audição das suas mixagens.
Samuel Mattos.
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