VIDEOS COM PROFISSIONAIS DO ÁUDIO

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segunda-feira, 30 de julho de 2007

007 - Monitoração de Palco

Já que nossos dois últimos assuntos foram mesas de som, hoje falarei sobre uma das grandes ferramentas que ela proporciona ao operador de áudio, é a possibilidade de implantação de um sistema de monitoração de palco direto da mesa de som, utilizando os auxiliares.

O sistema se destina a enviar sinais de áudio como retorno aos músicos e cantores no palco, ou seja, independente do som que sai nas caixas de PA, um segundo áudio pode ser enviado ao palco com total independência um do outro.

Sendo assim, pode-se colocar caixas de retorno no palco (há modelos específicos para isso) retornando áudio, para que os músicos possam se ouvir melhor ou então usar retorno de ouvido.

Há duas maneiras de se fazer isso: usando apenas uma mesa de som principal, onde através da linha de auxiliares da mesa, envia-se sinais de áudio, independentes do som principal de volta para o palco. Ou então colocando-se uma segunda mesa de som (mesa de palco), destinada a enviar sinais de áudio diretamente para os retornos de chão ou de ouvido. Nesta segunda configuração haverá a necessidade da instalação de um Multicabo Splitter – este cabo consiste em um T que recebe os sinais provindos do palco e os divide em dois, um para mesa de palco e o outro para mesa principal sendo que um não influencia no outro.







 O Multicabo, com ou sem Splitter, consiste em uma caixa (Medusa) constituída de várias conexões, na maioria dos casos XLR fêmeas, onde deverão ser conectados todos os microfones e instrumentos. Através dele, os sinais serão enviados à mesa principal e/ou a mesa de palco, caso seja um splitter. (Nas mesas de som digital, é possível fazer a duplicação virtualmente, falaremos sobre isso futuramente).


Samuel Mattos
Julho de 2007

quinta-feira, 5 de julho de 2007

006 - Continuando

Continuando o tema sobre o qual falamos no estudo anterior, quero falar sobre os caminhos que o áudio percorre quando entra na mesa de som.

Quando o áudio entra na mesa, o primeiro estágio pelo qual ele passa é o ganho, onde se determina a sensibilidade do nível que está entrando na mesa. Por exemplo, se a pessoa que está no microfone tiver uma voz fraca, haverá a necessidade de se ajustar o ganho para mais, para que o nível de áudio esteja num patamar aceitável para ser processado pelos próximos controles. Ou o contrário, se a pessoa tiver uma voz forte, se diminui o ganho.

O excesso de ganho pode provocar distorção no áudio daquele canal. Já a falta de ganho provavelmente trará junto ao nível de áudio, um chiado característico, o famoso ruído de fundo.

Depois da seção de ganho, o áudio – na maioria das mesas – vai para seção equalizadora, onde pode se acrescentar ou subtrair frequências, ou seja, mais
ou menos agudo, mais ou menos médios, mais ou menos graves.

Em seguida o áudio segue para a seção de auxiliares (ou endereçamentos, para efeitos, periférisos ou retornos). Os auxiliares servem para desviar o sinal para uma unidade processadora externa. Neste ponto o sinal é desviado e retorna ao mesmo ponto já com a alteração desejada.

Na próxima etapa, o áudio passa pelo pan-pot, botão panorâmico. Este botão tem um ponto central e pode ser movido totalmente para esquerda ou totalmente para direita. Este processo possibilita criar efeitos estéreo, movendo literalmente o som para esquerda ou para a direita, desde que o sistema todo esteja configurado para estéreo.








Finalmente chegamos ao fader, o botão deslizante que controla o nível de áudio que sairá daquele canal para o Máster. (o processo se repetirá em cada canal, algumas mesas não possuem os fades deslizantes, mas sim um Knob, botão deslizante). O botão deslizante na posição totalmente para baixo, impedirá a passagem do som, e totalmente para cima propiciará resistência zero, deixando passar todo o sinal para o Máster. É com eles que realizamos a famosa Mixagem, realizando o equilíbrio de todos os pontos de captação (microfones e instrumentos plugados na mesa), por isso denominamos o consóle de “mesa de mixagem” onde cada canal será misturado com os outros, com os seu níveis mais alto, ou mais baixo, mais grave ou mais agudo, processado ou não, mais para a esquerda ou direita, e então serão enviados para o fader máster que por sua vez, o enviará para as suas saídas, onde seguirão o caminho já fora da mesa, para continuar o processamento ou ir direto para as caixas de som.

Sobre a continuidade do sinal que sairá da mesa de som, falaremos no nosso próximo encontro. Até lá!

Samuel Mattos
Julho/2007